Resumo:
Este trabalho articula uma reflexão com base em pesquisa de doutorado
conduzida entre 2003 e 2008 com mulheres com práticas homoeróticas na Grande São Paulo.
O material discutido é proveniente da utilização de metodologia qualitativa (observação
etnográfica e entrevistas semi-estruturadas) e o universo de entrevistadas é composto por
mulheres, entre 18 e 50 anos, com diferentes inserções raciais, de diferentes estratos sociais e
identidades sexuais. A análise considera as intersecções entre diversos marcadores sociais de
diferença, tais como classe, gênero, sexualidade, geração e raça e seu impacto nas convenções
sobre sexualidade, gênero e corpo e nas relações sociais estabelecidas por essas mulheres para
refletir sobre a noção de um “corpo lésbico”, que tem norteado as demandas por políticas de
saúde desde os anos 1990. Além disso, noções como “contextos de vulnerabilidade” e
“transversalidade”, presentes no jargão dos gestores públicos de saúde, também são levadas
em conta na análise proposta. Desse modo, este trabalho procura colaborar para a reflexão
sobre políticas públicas direcionadas a determinados segmentos da população, que vêm sendo
delineadas e colocadas em prática nas últimas décadas no Brasil.
Ano da publicação: 2008
Publicado por/em: 26ª Reunião Brasileira de Antropologia
Publicado por/em: 26ª Reunião Brasileira de Antropologia
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