7 de agosto de 2019

Letramento e tradução no espelho de Oxum: teoria lésbica negra em auto/re/conhecimentos

Autora: Tatiana Nascimento dos Santos

Resumo:
A baixa tradução de feministas lésbicas negras no Brasil me leva a traduzir Audre Lorde, Uses of the erotic: the erotic as power e Poetry is not a luxury; Cheryl Clarke, Intimacy no luxury e We are everywhere; e Doris Davenport, Black lesbians in academia: visible invisibility. Primeiro discuto a importância desses textos para a formação ativista, intelectual e subjetiva de ativistas negras lésbicas em formação acadêmica. Penso tradução como política de letramento lésbico negro feminista. Daí, analiso as traduções com Barbara Godard e Sonia Alvarez, que pensam escrita e tradução feminista como transformação crítica do falogocentrismo e tráfico epistêmico na diáspora afro-latino-americana. Logo, miro a poesia como episteme cara à diáspora afro-americana; e me volto à mito-metáfora do caso entre Oxum e Iansã para pensar esses textos como pedagogias textuais/sexuais ancestrais da lesbiandade negra diaspórica. Por fim, vejo Oxum e seu espelho, o abebé, como modelo de autoconhecimento que chama uma mirada para dentro, para si. Junto à genealogia matrilinear de Pilar Godayol, o abebé surge como metáfora de teorias lésbicas negras e suas traduções compartilhadas pela palavra na diáspora afro-americana, em que o texto de uma outra permite o mergulho em mim mesma para mais sentir minha própria lesbiandade negra.

Ano da publicação: 2014

Publicado por/em: PPG em Estudos da Tradução - Tese - Universidade Federal de Santa Catarina

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