Resumo:
Ao dispor-se de perspectivas apreendidas dos Estudos Culturais e Feministas, é possivel apropriar-se do entendimento de que os artefatos culturais veiculados as Mídias são poderosos objetos de análise. Desse modo, utilizaremos a
imprensa alternativa lésbica circulada na década de 1980 por mulheres que participavam do movimento feminista e
movimento homossexual, como escolha para esta abordagem, encontra-se o boletim Chanacomchana, produzido pelo
Grupo de Ação Lésbica Feminista. Consideramos esta mídia enquanto uma pedagogia cultural de grande relevância
para os estudos voltados a áreas de Educação, Comunicação, Lesbianidade e afins, pois através de suas publicações
tinham como objetivo transmitir conhecimentos, valores e habilidades para suas leitoras. Os boletins Chanacomchana
possibilitavam para suas leitoras um novo espaço de resistência e ressignificações de ideias, retirando-as de uma posição de marginalizadas, possibilitando que as lésbicas adquirissem voz e conquistassem espaços por meio do diálogo
com outros movimentos sociais, como o movimento feminista e o movimento homossexual. Compreendemos que os
discursos são fortemente marcados por relações de poderes, que provêm de diferentes segmentos econômicos, sociais
e culturais, de diferentes ideologias e crenças e que são apresentados por diferentes agentes que consolidam as verdades e buscam convencer sobre as perspectivas de vida, de expressão, de ser e de estar no mundo. Desta forma, nossa
intenção central para este trabalho é analisar os modos como os discursos presentes na imprensa alternativa lésbica
brasileira produziram possibilidades acerca da performatividade de mulheres lésbicas, problematizando suas formas de
existência, reivindicando uma identidade política e sexual, instigando o que ela poderia viver e experimentar.
Ano da publicação: 2020
Publicado por/em: IBDSEX
Publicado por/em: IBDSEX
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