15 de outubro de 2019

Argumentos em torno da possibilidade de infecção por DST e Aids entre mulheres que se autodefinem como lésbicas

Autor: G. Almeida

Resumo:
A produção acadêmica motivada pela epidemia de HIV e Aids impulsionou as pesquisas relativas à sexualidade, configurando novos campos de investigação, em especial sobre os "gays". No entanto, não é significativa no Brasil a produção acadêmica que aborde a vulnerabilidade às DSTs a partir da identidade "lésbica". A saúde sexual das mulheres presumidamente heterossexuais tendeu a permanecer subsumida à exclusiva preocupação com a reprodução ao longo da trajetória das políticas de atenção à saúde das mulheres, mesmo frente à Aids. De forma ainda mais acentuada que a sexualidade feminina heterossexual, a homossexualidade feminina tendeu à invisibilidade na sociedade brasileira e frente ao discurso médico-ginecológico. O advento da epidemia contribuiu para a manutenção desta invisibilidade, por força da crença de que o "corpo lésbico" seria o único corpo infenso à infecção pela via sexual. A hipótese que norteou o presente trabalho está calcada na ideia de que a vulnerabilidade das lésbicas é o "passaporte" para a afirmação/inclusão de um dado marco identitário na agenda de políticas públicas.

Ano da publicação:
2009

Publicado por/em: Revista de Saúde Coletiva

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