Resumo:
Abordar aspectos relacionados à comunidade LGBT impacta em discorrer sobre a invisibilidade em torno das relações lesboafetivas, bem como acerca da sexualização dos corpos das mulheres lésbicas numa sociedade machista, que busca a todo modo rotular a figura da mulher. Diante do exposto, o presente artigo objetiva discutir a percepção do corpo da mulher lésbica numa perspectiva interseccional, analisando como as opressões, a estereotipação e a erotização das relações lesboafetivas afetam tanto o modo como a sociedade enxerga a sapatão, quanto o seu comportamento diante desta sociedade. A análise se ampara em pesquisas realizadas por Judith Butler (2003), Iasmim Alves Ferreira de Carvalho et al. (2014), Lívia Gonçalves Toledo e Fernando Silva Teixeira Filho (2016). Desse modo, trata-se de uma pesquisa bibliográfica em processo de construção. A escassez de pesquisas sobre o tema sinaliza a necessidade de investigar as vivências das mulheres lésbicas, a fim de romper com o estereótipo que classifica essas mulheres como abjetas, promíscuas e sem legitimidade sexual, auxiliando na construção de uma nova concepção sobre os corpos lésbicos, tornando legítimo seu desejo sexual e livrando-se do estigma de ser promíscuo e maldito, que por muito tempo assolou a mulher que ousasse fugir do padrão heteronormativo.
Ano da publicação: 2020
Publicado por/em: Revista Discentis
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