Resumo:
A partir da análise das músicas da Mc Luana Hansen do Brasil, Rebeca Lane da
Guatemala, Miss Bolívia da Argentina e Krudas Cubensi de Cuba, raperas lésbicas negras latinoamericanas, a intenção desse trabalho é discutir temas acerca da decolonialidade. O aparato teórico
utilizado é o feminismo decolonial com o fim de considerar como a poética lésbica negra contribui
com as discussões sobre gênero, raça e sexualidade em uma sociedade machista, racista
heteronormativa, eurocentrada e colonial. Contém aqui também algumas notas sobre
etnomusicologia para pensar o Rap no âmbito da música popular enquanto texto social, onde a
música não se dissocia da conduta humana, tendo uma ampla força comunicadora e marcada pela
forte interação entre música, letras e condição sócio-emocional. Considerar essas raperas enquanto
identidades marcadas por estereótipos de gênero, raça e orientação sexual permite a reflexão sobre
como as intersecções podem produzir resistência, conhecimento, arte e promover a difusão de temas
feministas dentro e fora do Movimento Hip Hop.
Ano da publicação: 2017
Publicador por/em: 13º Mundo de Mulheres e Fazendo Gênero 11
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