14 de agosto de 2019

Não é mole não, ser feminista, professora e sapatão: Apontamentos de uma história a partir do espaço das lésbicas e da lesbianidade na produção de conhecimento sobre mídia

Autoras: Cláudia Regina Lahni e Daniela Auad

Resumo: 
Ao analisar a constituição do campo de interface e diálogo entre Comunicação para a Cidadania, Relações de Gênero, Feminismos e Lesbianidades, o objetivo do presente artigo é contribuir para o conhecimento da história recente sobre o espaço das lésbicas na produção de conhecimento sobre a mídia, de modo a ampliar a reflexão sobre a democracia, a partir da consideração da interseccionalidade das lutas dos Movimentos Sociais e da alquimia das categorias. Para alcançar o intento a que se propõe, o texto noticia pesquisa que contou com levantamento e análise de trabalhos apresentados, em 2015, no Grupo de Pesquisa Comunicação para a Cidadania da Intercom (Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação), no Grupo de Trabalho Comunicação e Cidadania do Encontro Nacional da Compós (Associação de Programas de Pós-graduação em Comunicação), no GT de História da Mídia Alternativa no Encontro Nacional de História da Mídia e na Conferência Brasileira de Mídia Cidadã. Buscou-se verificar se os textos selecionados tematizavam a comunicação de lésbicas – organizadas em grupos ou presentes de forma individual em mídias diversas; também foram verificados aportes teóricos, temas gerais e autorias dos artigos. O ano 2015 foi escolhido, pois marca os 40 anos de 1975, Ano Internacional da Mulher, instituído pela ONU, importante data para todas as mulheres. Também em 2015, no dia 26 de junho, a Suprema Corte dos Estados Unidos aprovou o casamento entre pessoas do mesmo sexo para todo o país, entre outros importantes fatos ligados ao tema. Ao considerar a conjuntura histórica recente, o presente texto questiona quais eram os enfoques das pesquisas em eventos de Comunicação. Nos eventos científicos aqui mencionados, percebemos que pouco ou nada há de espaço para a temática das lésbicas. Isso, em um cenário que, por um lado, apresenta a tensão entre o tradicional apagamento dessas mulheres e, por outro lado, apresenta a dinâmica dos acontecimentos do ano escolhido como marco de pesquisa.

Ano da publicação: 2019

Publicado por/em: Revista do Programa de Pós-Graduação em História

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