6 de agosto de 2019

Aqualtune, Constância e Zacimba - diálogos com Lésbicas Negras, Masculinizadas e Pobres

Autoras: Edileuza Penha de Souza e Ariane Celestino Meireles 

Resumo:
A partir do mito de Aqualtune, mulher negra, quilombola ancestral, o texto "Aqualtune, Constância e Zacimba - diálogos com Lésbicas, Negras, Masculinizadas e Pobres" dialoga com duas lésbicas negras capixabas, masculinizadas e pobres. Suas narrativas revelam trajetórias de vida, reforçando como os marcadores identitários de raça, orientação sexual, gramática corporal e classe se interseccionam no sentido de obstruir direitos de cidadania. Ambas indicam as dificuldades encontradas na escola e denunciam o silêncio frente às múltiplas violências vividas naquele ambiente. O espaço de trabalho se revela também hostil e os recursos de sobrevivência se pautam numa excessiva dedicação, na perspectiva de blindagem moral. Ambas também relatam o processo de empoderamento enquanto lésbicas negras. Intelectuais negras contribuem com a discussão e elucidam teoricamente como as práticas racistas discriminatórias, mantidas sob a falsa ideologia de democracia racial, se traduzem em violência e desvantagens, produzindo um acúmulo de discriminações que resultam em exclusão e vulnerabilidade para negras e lésbicas. Frente à realidade da baixa produção acadêmica sobre lésbicas negras, este artigo propõe ampliação de pesquisas na área, que possam contribuir na formulação de políticas públicas para o segmento.

Ano da publicação: 2018

Publicado por/em: Caderno Espaço Feminino

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