Resumo:
O objetivo deste artigo é chamar atenção para uma dimensão da recepção das memórias em torno da poeta Safo e da Ilha de Lesbos: aquela representada pelos usos políticos feitos por militantes e grupos feministas e, sobretudo, lésbico-feministas. Será por meio da apresentação e comentário de dois exemplos encontrados atualmente, no Brasil, que pretendo chamar atenção para a pertinência da análise dessa modalidade de recepção.
Como busquei sugerir no título, proponho-me aqui, justamente, a comentar dois exemplos contemporâneos que atestam a vivacidade da referida associação entre Safo, a Ilha de Lesbos e o lesboerotismo, vinculadas a pautas políticas precisas. Tratarei, em um primeiro momento, da menção ao nome da poeta e da sua ilha natal encontrada na letra de uma rapper feminista independente, negra, lésbica e paulistana, chamada Luana Hansen. Minha segunda escolha recairá sobre a opção pelo nome da poeta para designar um grupo cearense de percusionistas negras, lésbicas e bissexuais, chamado “Tambores de Safo”.
Ano da publicação: 2018
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