Resumo:
Quando abrimos mão de “falar o sexo”, falar sobre o sexo, consentir com palavras altas e claras, deixamos nossa vida sexual percorrer o caminho perigoso e turvo das interpretações. Um caminho que não foi por nós inventado. Se os homens fazem sexo-instin- to, rogo para que nós mulheres que amam mulheres façamos sexo-verbo sexo-dito sexo-discurso. Nosso ato sexual deve começar aí. Começar na palavra. No diálogo. No consenso-dito de ambas as partes. Apenas por intermédio da conversa sincera uma com a outra permitimos o alcance de nossa subjetividade, nosso interior. Só a partir daí conhecemos os significados e o mundo uma da outra. E eu defendo que quanto mais soubermos sobre essas subjetividades mais o sexo será libertador e transgressor para nós. Mais proveitoso e em consonância com to- das as facetas éticas de uma vida feminista anti-capitalista lesbiana.
Ano da publicação: 2019
Publicado por/em: Herética/Herétika
Clique aqui para acessar o trabalho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário